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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

10 de setembro - Dia Mundial de Prevenção do Suicídio

A data foi instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como forma de sensibilizar e convocar os países-membros para a criação de estratégias para a prevenção do suicídio, que tem altas taxas em todo o mundo. O suicídio é atualmente uma das três principais causas de morte. Conforme dados de pesquisa da OMS, a média de suicídios, nos últimos 50 anos, aumentou 60%, em particular nos países em desenvolvimento. 
O suicídio é tido como um grave problema de saúde pública em todo o mundo. Segundo a OMS, cerca de um milhão de pessoas morrem dessa forma a cada ano, o que equivale a 3 mil casos por dia ou, ainda, a uma morte a cada 30 segundos. É a décima maior causa de morte no mundo e salta para a terceira maior quando se considera a faixa entre os 15 e os 35 anos de idade. Além disso, existem as tentativas não fatais, cujo número é difícil avaliar em função da subnotificação. Estima-se, contudo, que elas possam chegar a até 20 milhões. Suicídios e tentativas podem ser compreendidos como fenômenos distintos. As maiores taxas de suicídios encontram-se entre os homens, e as de tentativas, entre as mulheres (OMS, 2002). 
Quando encaramos o suicídio e as tentativas como uma questão de saúde pública estamos dando visibilidade a um problema que fica limitado às famílias, aos amigos, e aos profissionais de saúde, e damos uma oportunidade de ajudar a resolvê-lo e diminuir o sofrimento de todos os envolvidos. 

O suicídio é um fenômeno violento e complexo e merece uma ampla discussão na sociedade. Apresenta especificidades que permitem o desenvolvimento de medidas favoráveis a uma política de prevenção. Tirar a invisibilidade deste problema, assim como lidar com ele com os instrumentos da saúde pública, além de introduzir métodos eficazes na sua resolução, traz novas perspectivas sob o ponto de vista do acolhimento, do cuidado, da valorização da vida, das possibilidades de solidariedade. 

No Brasil, o Ministério da Saúde instituiu, em 2005, a Estratégia Nacional de Prevenção ao Suicídio. Dela resultaram a criação das Diretrizes Nacionais para Prevenção do Suicídio e o lançamento do Manual de Prevenção do Suicídio para Profissionais das Equipes de Saúde Mental. Na Bahia, desde 2007 foi criado no Centro de Informações Antiveneno (Ciave), da Secretaria da Saúde do Estado, o Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio (NEPS), que mantém o acompanhamento aos pacientes que tentaram suicídio, mas também oferece tratamento àqueles que não tentaram, mas que correm risco de fazê-lo. Desde sua criação, o NEPS já realizou 11.460 atendimentos, uma média de 2.865 consultas por ano. O ministério também estimulou ações locais, como foi o caso do Projeto ComViver, no Rio de Janeiro, que visava atender os casos de tentativa de suicídio, ou o programa de prevenção de suicídio, implantado há cerca de dois anos no Hospital Ouro Verde, em Campinas. Mas não há iniciativas de maior alcance nesse campo.


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